9 de outubro de 2008

Como arroz

É que nem fazer arroz.
A gente não tem muita noção se vai dar certo.
A gente nem sabe se quer comer arroz.
Mas um dia tinha que aprender a fazer.
E eu fiz o que achei que era preciso.
Na hora que julguei melhor, joguei a água fervendo.
Respingou e doeu.
Mas o arroz ia sair!
E todo mundo ia ficar feliz, depois, de barriga cheia.
O arroz absorveu a água, inchou, parecia bom.
Eu dei uma garfada e pensei:
"Não era esse o gosto que eu estava imaginando que teria..."

É assim que tenho me sentido o dia inteiro.
Não pediu? Agora come.
Ficou o mês inteiro falando que queria arroz, que tinha que aprender a cozinhar. Então come. E come quieta, Carolina.
Ah, e se chorar, o gosto piora.

2 comentários:

Danilo Filho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Danilo Filho disse...

Mas quando é assim, é só misturar um pouquinho de feijão que o outro (eu) traz...
E a gente se sente melhor com o feijão com arroz de cada dia. E sabe que é assim que se é feliz: aprendendo, fazendo e digerindo...

Beijo forte, calmo e tranquilizante.