23 de dezembro de 2008

Entre hibiscos e jasmins.

Hibisco
na última página de um livro tão meu.
Rabiscos,
verbos pequenos perto do que se viveu.

Palavras não bastam. Flor bastaria?

Hibisco é beleza que marca,
que pensa que acaba,
que cabe na última página.

Jasmim é Plumeria alba, maciez pura.
Antes, desconhecido aroma,
aos meus olhos, rara.
Não caberia em nenhuma página.

Cabe na vida.

(E ainda assim, palavras tentam contar...)

Hibisco é guardado como incerteza feliz que se viveu um dia.
Jasmim é lembrado como eternidade que cabe no agora.

E a maior beleza é estarem ambas flores nesse mesmo jardim.

Amor é a vida assim, por partes, de flor em flor.

Um comentário:

Unknown disse...

Lindo, lindo...

há tempos nao lia um poema assim.