30 de junho de 2008

Diário da manhã de hoje (11 de maio de 2007)

Todos os dias ela e suas amigas vêm em minha direção, procurando me sufocar, seja por medo, seja por nojo de seus corpos imundos. Hoje vi uma delas sozinha e ela se demorava em meu caminho. Não pensei duas vezes e fui lhe dizendo: "Sou amiga da Caroline Parreira, portanto é melhor você não se aproximar". Se ela saiu ou não, não me lembro, porque, neste ponto, comecei a rir por dentro. Eu estava falando com uma pomba (!), usando a ameaça de ser amiga de uma futura médica que vem exterminando irmãzinhas penosas daquela fedida. Foi uma cena interna ridícula, mas me senti forte e feliz, pronta a continuar a fábula, caso outras feiosas se aproximassem de mim. "Só essa semana foram pelo menos quatro!", eu diria.
Mwahahahaha -> enore risada maligna.

E assim meu dia começou bem. Tive vontade de tirar várias fotos enquanto ia pela Afonso Pena.
Um puxador de carrinho de papelão se aventurava pela avenida tentando atravessá-la por entre os veículos (quanta assonância! veveve..). Não era uma cena feliz, mas era interessante. Valia uma foto.

Sem motivos especiais, já saí de casa feliz. Agradecendo o frio feliz. Saudade o inverno que parece chegar no outono. Feliz, feliz! Tudo na rua me sorria.
Foi uma bela manhã. Valia um filme.

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