30 de junho de 2008

Há um ano... (20 de junho de 2007)

Há um ano assinei minha sentença. Fui até lá e contraí uma gripe que se curou. E um amor que não acaba.
Há um ano eu escolhi fazer de uma pessoa mais que um conhecido, que um contemporâneo dos tempos da faculdade.
Há um ano fui lá "ver no que dava".
Deu em muita coisa.

Há um ano eu fiz de um rapazinho de apelido estranho o protagonista de vários sonhos, o motivo de vários choros de saudade, companhia de tantas horas, o parceiro de muitas danças, a inspiração de meus poemas...
Não durou um ano, mas, com certeza, me marcou para a vida inteira. E, por mim, se durasse a vida inteira, seria muito bem-vindo.

Com saudade hoje lembro daquele dia e do tanto que coube em um ano. Em um ano coube Outubro... Coube o "Eu te amo" mais fora de hora e mais lindo do mundo. Coube tantas sertanejas babando na beira do palco. Coube acordar tantas vezes ao lado de Bob Marley. Coube amar de verdade. Coube o fim, de uma forma tão horrível - ai, como me arrependo. Coube brigas infundadas e desgastantes. Coube o maior medo do mundo: medo de não sobrar nada, nem amizade, nem carinho, nada.

Algumas coisas passam. Outras se transformam. Aos dias ruins, dou adeus. E a necessidade de tê-lo dá lugar a um carinho imenso. Na lembrança ficam as músicas, tantas músicas que, para mim, sempre serão dele. Ficam as imagens que as fotografias não registraram.

Entre os objetos, fica o fio de cabelo que não consegui jogar fora. Aquele cabelo pretinho, pretinho... Mais lindo do mundo... Fica o cd que me diz que a saudade ainda vai bater no teto...
Aqui dentro fica a forte vontade de vê-lo de novo...
"Como será quando a gente se encontrar?"

Há um ano, com um beijo, selei um contrato de amor.
Foi há um ano...
Mas é para sempre.
É um amor que se transforma em outros tipo de amor, mas que não acaba nunca.

Marcante como nenhum outro.
Obrigada por ter me suspendido aquele dia, Coração.

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