30 de junho de 2008

Dona Carola e seus três maridos (3 de maio de 2007)

Eu acordo pensando no Fulano. Mas ao longo do dia, me lembro do rostinho do Sicrano - sim, é SicRano mesmo. Também achei feio, jurava que era SicLano, mas não é.
Aí fico pensando que não conheço o Sicrano, mas que ele me preenche. Assim como o Fulando me preenche. Ah, tem o Beltrano também. Mas ele já não me preenche mais. Dele eu sinto um pouco de raiva. Mas se ele pede desculpas pela ausência, eu perdôo e ele passa a me preencher de novo...
Deve haver outros, mas não acho necessário expô-los. Esses são os mais atuantes. Tipos de protagonistas, acho.
Na verdade, acho que são todos figurantes. A protagonista sou eu. E com eles passo meu tempo... Ou melhor, pensando neles passo meu tempo.
Mas não sei por que. O cenário é belo. Há outros figurantes que se importam comigo de verdade; há outros protagonistas essenciais. Mas Fulando, Sicrano e Beltrano me perseguem... Na verdade, eu os persigo. Em minha mente, em meu ócio.
Fulano, sabe-se lá quando verei. Sicrano pode não durar muito tempo, vai saber. Beltrano... ah, ele não me pediu desculpas pelo último sumiço, então nem é digno de ponderações.
São três, mas são quatro, cinco... VAI SA-BER! São muitos e sou uma só. E sou sozinha. Eles estão e não estão... Vêm e vão... Penso e despenso, tento esquecer e tento e tento... e como tento!
Mas Fulano fica mesmo... Talvez até ceder seu lugar a Sicrano. Beltrano acho que não permaneceria. Sicrano, talvez... Talvez um Sicrano II apareça. E talvez ele dê um sumiço em Fulano.
Talvez sujeitos com nomes reais. Talvez amores reais. Talvez suspiros que valham a pena.
Um dia, talvez.

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