30 de junho de 2008

Dona Carola e nenhum marido (24 de setembro de 2007)

E aí eu me pergunto: "Por que não eu? Ah, ah... Por que não eu?"
Hoje vejo Fulano vivendo um amor que merece declaração na internet, foto e tudo mais.
Não foi assim comigo.
O Sicrano vive a esperar por uma mocinha e é capaz até de fugir para ficar com ela.
E ela não sou eu.

O que eu quero, é alguém que espere por mim. Não necessariamente alguém que fique comigo, mas que sinta saudades e que me dê aquela sensação de "não estamos juntos hoje, mas sei que vamos acabar juntos...". Alguém que me beije sempre que nos virmos. Alguém que diga que sou eu quem ele ama. Alguém que ouça dos amigos "Você e a Carola dão tão certo... É com ela que você tem que ficar."

Droga. Não é o nome "Carola" que Fulano e Sicrano ouvem. Não é na Carola que eles pensam. Nem Carola sabe é um deles que ela gostaria de amar à distância.
Então por que essa dor?
É ciúme, sim. Inveja, até. Vai dizer que eu não mereci as fotos e declarações? Nem uma música eu ganhei... Agora sinto que eu só assistia da platéia... Não subi no palco hora nenhuma. Ele não deixou? Eu não mereci? O que há de errado comigo??
E com Sicrano? "Tudo foi breve e definitivo" (Drummond). Muito breve. E muito mais ainda definitivo. Por que não é por mim que ele espera? Por que não é de nós que ele diz sentir ainda não ter acabado?

Será possível que não vou marcar ninguém nesse mundo?
Será que não vou ter nenhum rolo mal resolvido para onde meu coração possa sempre correr?
Será que, em lugar nenhum dessa Terra, vai ter alguém que me espere voltar??


Me volto para mim mesma. E me amo. Eu mereço esse amor.

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