30 de junho de 2008

Mar da noite (26 de novembro de 2007)

O mar destrói
Lentamente
O mar traz pedaços
Novamente

Deitada na praia
Os olhos no nada
(mentira! eu já esperava)
Eis que me alcançam:
pedras de gelo que um dia eram brasas.

Aos poucos derretem
(ou fingem derreter)
e me trazem paz.
E na próxima onda se vão.

Fico na areia a tocar,
com delicadeza e vontade,
a Lua com olhos de vidro.

A vida toda é mar.


Comentários feitos lá naquele blog:

04.12.2007 "pedras de gelo que um dia eram brasas" enigmático não? gosto desses poemas sem métrica e de frases curtas!
Canêdo

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